Encontro com Maria Teresa Maia Gonzalez
No passado dia 15 de Março, tivemos entre nós a presença da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez (MTMG). Neste encontro participaram alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos do Agrupamento, pois cada ano de escolaridade, ao longo deste ano lectivo, estudou e trabalhou uma obra da autora. Assim, foi com grande entusiasmo e carinho que a acolhemos.
O encontro decorreu de forma calma e agradável. A escritora revelou um pouco da sua infância, das suas preferências e motivações na vida, criando um clima de à-vontade com os alunos. Neste aspecto, o facto de a escritora exigir que antes de cada pergunta o aluno se identificasse foi muito importante, pois foi uma maneira de haver mais interacção entre todos.
Para MTMG, tudo o que a rodeia é inspiração para a escrita, tanto as coisas boas como as menos boas. Gosta de “pegar” em tudo o que seja uma oportunidade para falar do mundo e, se possível, dar pistas para mudá-lo, escreve sobre as pessoas que conhece, sobre Deus, sobre a realidade… O seu principal objectivo é marcar positivamente alguém, ajudá-lo a ver o mundo e o outro de forma diferente, mais consciente, mais compreensivo e de uma forma mais aberta. Considera, ainda, que possui um dom de Deus – o da escrita - , e que cada um de nós é chamado a fazer algo por si e pelo outro que está ao seu lado, pois o mundo conta com cada um. Todos somos importantes. Escrever é também uma forma de libertação, uma forma de exprimir muitas das suas emoções. MTMG deu como exemplo, o sentimento da raiva que é como um ácido sulfúrico que corrói e mata, e que para a ultrapassar ela simplesmente escreve. Também alertou os alunos presentes para a necessidade de treinarem a concentração tal como um músculo e de saberem olhar para as pequenas coisas que os rodeiam.
Recordou com nostalgia a sua adolescência, confidenciando que para ela também foi uma fase difícil. Recordou as histórias que o pai, que também escrevia poesia, costumava contar à noite, enquanto jantavam. As personagens dessas histórias eram a escritora e os seus irmãos e a acção eram situações que ele tinha vivido. O desenlace era um ensinamento sobre algum comportamento ou atitude que ele queria corrigir nela própria ou nos seus irmãos. De uma forma subtil, sem ralhar e sem “sermões”, a estratégia do seu pai era incutir-lhes os valores necessários para a vida.
Foi um prazer e um privilégio estar presente!
A professora: Alexandra Fernandes
Professora de Língua Portuguesa - 2º ciclo
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